Foram tantos os dados apresentados pelo
governador Camilo Santana (foto-PT) na manhã desta quarta-feira com as ações para
uma melhor convivência com a seca que os deputados ficaram meio atordoados,
perdidos mesmo, no emaranhado de tantas informações e gráficos. Ainda bem que
uma cartilha com todos os elementos foi distribuída com eles e os secretários
de Estado presentes. Nem toda imprensa recebeu a referida publicação.
Açudes quase secando |
O Governador disse que as chuvas dos últimos
cinco anos no Ceará têm sido na faixa de 551 milímetros, às vezes até menos, o
que é insuficiente para repor a água dos reservatórios. Num período normal, as
chuvas anuais chegam até a 1.200
milímetros. Todas as bacias cearenses (o conjunto de açudes de uma região), com
exceção do Castanhão e Orós, que estão hoje com uma reservação de 19% de sua
capacidade, se encontram com um volume de menos de 10% do que acumulam
normalmente. As piores delas são as bacias do Curu com 2,48%, e Baixo Jaguaribe com 1,77%.
Ele revelou que o Plano Estadual de Convivência com a Seca e
suas ações emergenciais e estruturantes custarão, na primeira parte R$ 620
milhões, sendo que R$ 500 milhões terão
que sair dos cofres do Governo Federal e 120 milhões do Estado. Já na segunda
parte, a denominada estruturante, vai custar aproximadamente R$ 5 bilhões para
a União. O Estado entrará com aproximadamente 20% do total das despesas.A realidade do Estado hoje, segundo o documento apresentado pelo governador, é muito séria. Parte dos municípios do interior cearense da metade para o fim deste ano o abastecimento de água para o consumo humano terá que ser feito por carros-pipa. Perfuração de poços para reforçar o abastecimento estão em execução.
Ainda são poucas as perfuratrizes |