Postagem do dia 22.05.2018

O que fazer com 300 mil toneladas de lixo diário?
O Seminário sobre o Plano Nacional de Resíduos Sólidos no Ceará, acontecido durante dois dias em Fortaleza, numa realização da ARCE, promoção do Diário do Nordeste e organização da Decora Eventos e Ambientação,  expôs a realidade do Ceará: mais de 300 mil toneladas diárias de lixo produzido, apenas 3 aterros sanitários adequados (dois em funcionamento, Fortaleza e Caucaia, Sobral em vias de ser concluído), 18 projetos para ser implantado, e contratação de projetos para a formação de consórcios nos demais municípios do Estado. O resto é o lixo espalhado em locais inadequados, à beira das estradas, poluindo rios, riachos e açudes, meio ambiente, e as ruas, como em Fortaleza.
Representantes ministeriais, como Ricardo Plácido Ribeiro, da Controladoria Geral da União (CGU), que fez a palestra magna de abertura, disse  “houve época em que havia recursos da União para resolução do problema dos lixões, mas não houve interesse dos governos municipais; agora os recursos federais minguaram e Estados e municípios vão ter que se virar com o que dispuserem para resolver a questão, que não é mais prioridade nacional”.

 “2019 será mais difícil que 2018”, vaticina diretor de Ministério
Manoel Renato Machado Filho, Diretor do Departamento de Infraestrutura Social e Urbana do Ministério do Planejamento, reconheceu que o problema de contaminação do meio ambiente pelo lixo é grave, precisa ser olhado com o máximo de seriedade, mas que, no momento, não há recursos federais para a questão. “Vivemos dias críticos em termos de recursos na administração federal e o próximo ano  não será menos difícil, talvez até mais”, afirmou.
Alceu de Castro Galvão Júnior, coordenador-técnico do seminário e da Coordenadoria de Saneamento Básico da ARCE, discorreu sobre os diversos projetos que o Estado do Ceará tem para o setor “que vai inclusive oferecer projeto técnico a todos os municípios para resolver o problema da destinação final do seu lixo”.
Hélio Winston Leitão, presidente da ARCE, em sua fala, ressaltou o papel de sua Agência Reguladora do Estado Ceará na condução dos assuntos relacionados à questão no Estado.
“Com nossa usina de produção de  gás já  estamos tirando 500 mil toneladas/ano  de gás da atmosfera e poderemos chegar a muito mais”, disse Hugo Nery, presidente de Serviços Ambientais da Marquise Ambiental, que tem usina instalada no aterro sanitário que atende a Fortaleza e Caucaia, neste município.
Fotos JR: entrevistas para a Tv Verdes Mares e falando para o público.