O Seminário sobre o Plano Nacional de Resíduos
Sólidos no Ceará, acontecido durante dois dias em Fortaleza, numa realização da
ARCE, promoção do Diário do Nordeste e organização da Decora Eventos e
Ambientação, expôs a realidade do Ceará:
mais de 300 mil toneladas diárias de lixo produzido, apenas 3 aterros
sanitários adequados (dois em funcionamento, Fortaleza e Caucaia, Sobral em
vias de ser concluído), 18 projetos para ser implantado, e contratação de
projetos para a formação de consórcios nos demais municípios do Estado. O resto
é o lixo espalhado em locais inadequados, à beira das estradas, poluindo rios,
riachos e açudes, meio ambiente, e as ruas, como em Fortaleza.
Representantes ministeriais, como Ricardo
Plácido Ribeiro, da Controladoria Geral da União (CGU), que fez a palestra
magna de abertura, disse “houve época em
que havia recursos da União para resolução do problema dos lixões, mas não
houve interesse dos governos municipais; agora os recursos federais minguaram e
Estados e municípios vão ter que se virar com o que dispuserem para resolver a
questão, que não é mais prioridade nacional”.
Manoel Renato Machado Filho, Diretor do Departamento
de Infraestrutura Social e Urbana do Ministério do Planejamento, reconheceu que
o problema de contaminação do meio ambiente pelo lixo é grave, precisa ser
olhado com o máximo de seriedade, mas que, no momento, não há recursos federais
para a questão. “Vivemos dias críticos em termos de recursos na administração
federal e o próximo ano não será menos
difícil, talvez até mais”, afirmou.
Alceu de Castro Galvão Júnior,
coordenador-técnico do seminário e da Coordenadoria de Saneamento Básico da
ARCE, discorreu sobre os diversos projetos que o Estado do Ceará tem para o
setor “que vai inclusive oferecer projeto técnico a todos os municípios para
resolver o problema da destinação final do seu lixo”.
Hélio Winston Leitão, presidente da ARCE, em
sua fala, ressaltou o papel de sua Agência Reguladora do Estado Ceará na
condução dos assuntos relacionados à questão no Estado.
“Com nossa usina de produção de gás já estamos tirando 500 mil toneladas/ano de gás da atmosfera e poderemos chegar a muito
mais”, disse Hugo Nery, presidente de Serviços Ambientais da Marquise
Ambiental, que tem usina instalada no aterro sanitário que atende a Fortaleza e Caucaia, neste município.
Fotos JR: entrevistas para a Tv Verdes Mares e falando para o público.