Pois é, em tempo recorde, a Assembleia Legislativa pôs fim ao Tribunal de Contas dos Municípios do Ceará, entidade com mais de 50 anos, através de um projeto de lei, transformado em emenda constitucional e logo encampado pelo Governo do Estado após o quiprocó que geraram as eleições para a presidência da Casa e do próprio TCM. A votação terminou há poucos instantes desta quarta-feira, 21, com resultado de 31 votos a favor, 12 contra e uma abstenção.
Assim ficam agora unificadas as duas cortes de contas estaduais agora integrando um único tribunal, o Tribunal de Contas do Estado do Ceará, TCE.
Houve muita discussão da matéria através de audiência pública dos deputados, protestos de servidores nas galerias e defronte a sede do Legislativo.
A história curta do caso é esta, segundo as versões que o repórter ouviu no plenário e bastidores: os conselheiros Domingos Aguiar (foto acima com o repórter José) e Francisco Aguiar (foto abaixo) manobraram no TCM para a eleição do primeiro presidente da corte em detrimento de outro conselheiro, Hélio Parente, candidato dos Ferreira Gomes e do governador Camilo Santana.
Os dois Aguiar também apoiaram e incentivaram a candidatura dissidente de Sérgio Aguiar (PDT) à presidência da Assembleia contra o nome do deputado Zezinho Albuquerque (PDT, foto abaixo), candidato oficial dos Ferreira Gomes e de Camilo. Aí foi o estopim.
Correndo por fora, o deputado Heitor Ferrer (PSB, to abaixo), inimigo político de Camilo e dos Ferreira Gomes, apresentou um projeto para a fusão dos tribunais TCE e TCM sabendo ele, que, em situação normal, nem passaria na Comissão de Constituição e Justiça da Casa.
Demonstrando que manda quem pode, o Abolição, sob as ordens do governador Camilo, mandou sua tropa encampar o projeto e aprová-lo em tempo recorde nunca visto no Legislativo estadual. E a vingança está cumprida.
Os irmãos Ferreira Gomes, Cid e Ciro (foto abaixo), afirmam que política é assim mesmo, que a mudança precisava ser feita para diminuir os custos do Estado.
