Ritmo das obras da Transposição preocupa a todos
Deputados que compõem a Comissão Externa
Sobre a Transposição do São Francisco da Câmara Federal vão visitar o canteiro de obras de construção
dos canais e túnel do eixo norte da obra. A decisão foi adotada durante
seminário para debater a transposição e revitalização do rio, realizada na
Assembleia Legislativa na manhã desta segunda-feira, 16, em parceria com a da Comissão Especial de
Transposição do São Francisco do Legislativo Estadual, presidida pelo deputado
Carlos Matos (PSDB).
O deputado Raimundo Gomes de Matos (PSDB/CE),
presidente do colegiado federal, explicou que as obras têm sofrido seguidos
atrasos. A última precisão de conclusão, segundo ele, seria em junho deste ano.
Porém, a data foi prorrogada para setembro. “Há ainda o risco de que esse novo
prazo não seja cumprido, porque as obras seguem lentas e, segundo informações,
a empresa (Consórcio Emsa-Siton) está atravessando dificuldades financeiras e
poderão ser interrompidos os trabalhos por falta de recursos”.
Carlos Matos (PSDB), presidente da Comissão
que trata da questão na Assembleia Legislativa, externou sua preocupação com o
problema. “Essa obra já vem se alongando há 13 anos, as interrupções são
constantes, e o Ceará enfrenta uma crise hídrica sem precedentes, o que está
prejudicando as populações e à produção agrícola irrigada”, afirmou. Ele também
alertou para a expiração da outorga na água, se não for
definido como se dará a gestão dos recursos hídricos até dezembro. Raimundo
Gomes de Matos avisou que o assunto será tratado na próxima reunião da
comissão, em Brasília.
O superintendente da Companhia de Gestão dos
Recursos Hídricos (Cogerh) e representante da Secretaria de Recursos Hídricos,
Iuri Castro, explicou que o atual quadro das reservas hídricas do Estado está
em níveis muito preocupantes, o que torna a transposição uma necessidade para o
presente. “No momento, os 155 açudes monitorados pela Cogerh dispõem de 13% da
capacidade, apenas, quando no final do ano passado, esse índice era de 6%. E os
açudes que abastecem a região metropolitana, Pacoti, Riachão, Gavião e Acarape,
ainda estão nos mesmos níveis”, frisou.