16.04.2018

Ritmo das obras da Transposição preocupa a todos
Deputados que compõem a Comissão Externa Sobre a Transposição do São Francisco da Câmara Federal  vão visitar o canteiro de obras de construção dos canais e túnel do eixo norte da obra.  A decisão foi adotada durante seminário para debater a transposição e revitalização do rio, realizada na Assembleia Legislativa na manhã desta segunda-feira, 16,  em parceria com a da Comissão Especial de Transposição do São Francisco do Legislativo Estadual, presidida pelo deputado Carlos Matos (PSDB).
O deputado Raimundo Gomes de Matos (PSDB/CE), presidente do colegiado federal, explicou que as obras têm sofrido seguidos atrasos. A última precisão de conclusão, segundo ele, seria em junho deste ano. Porém, a data foi prorrogada para setembro. “Há ainda o risco de que esse novo prazo não seja cumprido, porque as obras seguem lentas e, segundo informações, a empresa (Consórcio Emsa-Siton) está atravessando dificuldades financeiras e poderão ser interrompidos os trabalhos por falta de recursos”.
Carlos Matos (PSDB), presidente da Comissão que trata da questão na Assembleia Legislativa, externou sua preocupação com o problema. “Essa obra já vem se alongando há 13 anos, as interrupções são constantes, e o Ceará enfrenta uma crise hídrica sem precedentes, o que está prejudicando as populações e à produção agrícola irrigada”, afirmou. Ele também alertou para   a expiração da outorga na água, se não for definido como se dará a gestão dos recursos hídricos até dezembro. Raimundo Gomes de Matos avisou que o assunto será tratado na próxima reunião da comissão, em Brasília.
O superintendente da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) e representante da Secretaria de Recursos Hídricos, Iuri Castro, explicou que o atual quadro das reservas hídricas do Estado está em níveis muito preocupantes, o que torna a transposição uma necessidade para o presente. “No momento, os 155 açudes monitorados pela Cogerh dispõem de 13% da capacidade, apenas, quando no final do ano passado, esse índice era de 6%. E os açudes que abastecem a região metropolitana, Pacoti, Riachão, Gavião e Acarape, ainda estão nos mesmos níveis”, frisou.

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