Isolado, o então
presidente da República João Goulart (foto), conhecido como Jango, pouco pôde fazer
para evitar o golpe. Com a economia do país em crise e sem forças para promover
as reformas de base, principal bandeira de seu governo, ele deixa Brasília rumo
ao Rio Grande do Sul no dia 1º de abril.
Alguns dias
depois, e dando o golpe como irreversível, o presidente parte com a família
rumo ao Uruguai em um carro preto, escoltado por militares que ainda mantinham
lealdade à Constituição. Jango morre na Argentina 12 anos depois. Inicialmente
apontada como infarto, a causa da morte de João Goulart é investigada até hoje.Para o doutor em história e professor da Universidade de Brasília (UnB) Antonio Barbosa (foto), os militares já haviam orquestrado uma espécie de golpe contra a democracia brasileira três anos antes.
Com a renúncia de Jânio Quadros (foto), em 1961, os militares atuaram para impedir a posse do vice, Jango, e o Congresso Nacional aprovou a mudança de sistema de governo, que passou do presidencialismo para o parlamentarismo, no qual o presidente da República não detém a chefia de governo.
“[Os militares] permitiram que João Goulart chegasse ao poder [em 1961], mas tiraram os poderes dele. Por isso, do dia 7 de setembro de 1961 até janeiro de 1963, quando houve o plebiscito e o não [ao parlamentarismo] venceu, Jango teve os poderes limitados”, relembra. (Fonte: Agência Brasil).
E em 31 de março de 1964 os militares assumiram o poder por mais de 20 anos.
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