“Falta uma política pública para eventos de
negócios no Ceará, o que é necessário para que o segmento dê um salto de
qualidade”, disse a presidente da Câmara Setorial de Eventos, Enid Câmara de
Vasconcelos, ao apresentar a pauta da reunião mensal da entidade e receber o
novo presidente da ADECE, Eduardo Neves. “As lideranças têm grande
responsabilidade na construção desse processo, nas cobranças de uma efetiva política
para o setor”, esclareceu.
Na reunião ordinária de quarta-feira, 30, ela
enumerou alguns gargalos do setor a partir de um planejamento realizado em 2016
com o foco em 8 Eixos: 1) O relacionamento com a SEFAZ (cobrança de impostos
para produtos que são trazidos para as feiras) precisa mudar; 2) Tem que ser encontrado um
caminho para a participação do setor de eventos na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias)
do Estado, que hoje sequer menciona o segmento. Também não há promoção do Governo para
feiras e congressos no Ceará; 3) Os chamamentos do Estado/Patrocínios são
deficientes, é preciso pelo menos 2 por ano, e com objetivos claros; 4)
Concessão do Centro de Eventos. Há o temor de que um grande grupo de fora ganhe
a concorrência e imponha sua vontade aos promotores locais; 5) O setor não foi
consultado nem conhece o teor do edital da concessão do CEC; 6) Os promotores de eventos do Ceará são ainda
pequenas empresas; é preciso que
montadoras de fora que vierem fazer feiras ou congressos façam parcerias com as
empresas locais para utilização de equipamentos e mão de obra; 7) Completa ausência
do setor nas pesquisas oficiais do Governo sobre sua participação no PIB do
turismo; 8) Necessidade de mapear a cadeia produtiva e seu potencial em todo o
Estado.
Com esses dados, Enid Câmara fez um relato de sua gestão na presidência
da CSE, desde 2015,e projetou as ações para 2018. Ela ressaltou que o Ceará “com
a estrutura que tem, como rede hoteleira de qualidade, adequado centro de
eventos, além de muitos atrativos para o turismo de laser, não pode perder essa
oportunidade”. (As três primeiras fotos são de autoria de Ana Beatriz Sugette, da Adece).
Fechando a reunião, o ecólogo André Luís Macedo apresentou aos presentes a sua “Transforme Coworking”, Ong que vem cuidando de questões ambientais na área empresarial oferecendo serviços de endereço fiscal, escritório virtual, estações de trabalho individuais, salas comerciais, aluguel de salas de reunião e treinamento e, sobretudo, intermediando a troca de carbono com sustentabilidade e ecologia.
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