30.03.2018

“A propina existiu e todos estão ricos”, diz testemunha de Paris
E agora ficou claro que, de nada adiantou a tentativa do governo de intimidar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso, relator do inquérito que apura se empresas pagaram propina em troca de um decreto sobre portos assinado pelo presidente Michel Temer.
Por decisão de Barroso, a Polícia Federal prendeu e mantém presos os amigos de Temer. A PF também prendeu Wagner Rossi, que presidiu a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) com aval de Temer, e o empresário Antonio Celso Grecco, dono da Rodrimar, empresa suspeita de distribuir propina a assessores presidenciais em retribuição à edição do decreto.
Houve ainda ordem de prisão contra quatro acionistas do Grupo Libra, que já teve diversos de seus interesses na área de portos atendidos por aliados do presidente. O cerco judicial está se fechando, e a leva de prisões é um indicativo de que o presidente Temer pode enfrentar uma nova denúncia antes de disputar a reeleição.
“Reportagem de VEJA desta semana traz duas importantes revelações sobre o caso: uma mensagem que mostra que o decreto de Temer sobre portos beneficiou empresa suspeita de pagar propina e uma testemunha-chave, localizada em Paris, que afirma que “está todo mundo milionário”, diz a revista.

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