E
agora ficou claro que, de nada adiantou a tentativa do governo de intimidar o
ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís
Roberto Barroso, relator do inquérito que apura se empresas pagaram
propina em troca de um decreto sobre portos assinado pelo presidente Michel Temer.
Por
decisão de Barroso, a Polícia Federal prendeu e mantém presos os amigos de
Temer. A PF também prendeu Wagner
Rossi, que presidiu a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp)
com aval de Temer, e o empresário Antonio
Celso Grecco, dono da Rodrimar, empresa suspeita de distribuir propina a
assessores presidenciais em retribuição à edição do decreto.
Houve
ainda ordem de prisão contra quatro acionistas do Grupo Libra, que já teve
diversos de seus interesses na área de portos atendidos por aliados do
presidente. O cerco judicial está se fechando, e a leva de prisões é um
indicativo de que o presidente Temer pode enfrentar uma nova denúncia antes de
disputar a reeleição.
“Reportagem de VEJA desta semana traz duas
importantes revelações sobre o caso: uma mensagem que mostra que o decreto de
Temer sobre portos beneficiou empresa suspeita de pagar propina e uma
testemunha-chave, localizada em Paris, que afirma que “está todo mundo
milionário”, diz a revista.
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