“Parente tornou-se uma
das figuras-chave na delação de Machado, ex-presidente da Transpetro, porque
poderá confirmar ou negar os pagamentos em espécie a políticos que, segundo o
delator, ocorreram entre 2004 e 2007 – depois Machado mudou o sistema de
pagamento, que teria se estendido até 2014.
“A Folha teve acesso a documentos da ação civil de improbidade
administrativa ajuizada em 2013 pela Procuradoria da República no Ceará, na
qual o procurador Alexandre Meireles Marques acusou Parente e um irmão dele,
Marcelo, de terem se beneficiado de uma série de empréstimos concedidos pelo
BNB sem as precauções necessárias. Eles são cunhados do então chefe de gabinete
do presidente do banco.
“Auditorias da CGU (Controladoria-Geral da União) e uma
sindicância do próprio BNB identificaram, segundo a Procuradoria, irregularidades
na liberação dos recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste.
O que entendemos é que havia um privilégio na concretização das operações de
crédito. A segunda conclusão é que o dinheiro não foi aplicado onde
deveria", disse o procurador Marques.
O dinheiro foi liberado em cinco operações separadas de 2010 a
2011 para a suposta aquisição de máquinas e equipamentos pelas empresas dos
irmãos Parente denominadas Destak e MP Empreendimentos. Segundo a Procuradoria,
o BNB apresentou "informações sobre a inidoneidade de várias das notas
fiscais apresentadas ao banco pelas empresas rés". "Restou constatada
pela auditoria da CGU e pela auditoria interna do BNB a existência de
transgressões cometidas pelas empresas rés de diversas normas legais, inclusive
de natureza penal", diz a petição. (Luiz Sérgio Santos repercutiu matéria da Folha de SP, que reproduzo um trecho acima).
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