22.06.2016

Ainda a fraude de R$ 12,3 milhões contra BNB
         “Apontado pelo  delator Sérgio Machado como o responsável, sob seu comando, por pegar propina em empresas e entregar a caciques do PMDB, como os senadores Renan Calheiros (AL), Romero Jucá (RR) e o ex-presidente José Sarney, Felipe Rocha Parente (na foto abaixo com Paula Sampaio, foto Balada In) é acusado de ser o pivô de uma fraude de pelo menos R$ 12,3 milhões contra o BNB (Banco do Nordeste).
          “Parente tornou-se uma das figuras-chave na delação de Machado, ex-presidente da Transpetro, porque poderá confirmar ou negar os pagamentos em espécie a políticos que, segundo o delator, ocorreram entre 2004 e 2007 – depois Machado mudou o sistema de pagamento, que teria se estendido até 2014.
“A Folha teve acesso a documentos da ação civil de improbidade administrativa ajuizada em 2013 pela Procuradoria da República no Ceará, na qual o procurador Alexandre Meireles Marques acusou Parente e um irmão dele, Marcelo, de terem se beneficiado de uma série de empréstimos concedidos pelo BNB sem as precauções necessárias. Eles são cunhados do então chefe de gabinete do presidente do banco.
      “Auditorias da CGU (Controladoria-Geral da União) e uma sindicância do próprio BNB identificaram, segundo a Procuradoria, irregularidades na liberação dos recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste. O que entendemos é que havia um privilégio na concretização das operações de crédito. A segunda conclusão é que o dinheiro não foi aplicado onde deveria", disse o procurador Marques.
O dinheiro foi liberado em cinco operações separadas de 2010 a 2011 para a suposta aquisição de máquinas e equipamentos pelas empresas dos irmãos Parente denominadas Destak e MP Empreendimentos. Segundo a Procuradoria, o BNB apresentou "informações sobre a inidoneidade de várias das notas fiscais apresentadas ao banco pelas empresas rés". "Restou constatada pela auditoria da CGU e pela auditoria interna do BNB a existência de transgressões cometidas pelas empresas rés de diversas normas legais, inclusive de natureza penal", diz a petição. (Luiz Sérgio Santos repercutiu matéria da  Folha de SP, que reproduzo um trecho acima).

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