07.12.2015

Extrema direita deverá ditar política francesa
          Com mais de 30 por cento dos votos, o partido de extrema direita da França, o Front National, conduzido por Marine Le Pen (foto),  chegou neste domingo  na frente no primeiro turno das eleições regionais. Até amanhã, às 18 horas, serão registradas as listas para o segundo turno. Todos agora querem saber quantas regiões francesas passarão a ter uma política de extrema direita.
          Os analistas, segundo a revista “Le Point”,  afirmam que “agora não é sem vergonha e embaraço em relação ao resto do mundo que o país dos Direitos do Homem será o país que terá oficialmente como primeira agremiação política um partido da extrema direita”. O prestígio do Front National decolou depois dos atentados deste ano em Paris.
        Com um discurso que prevê a expulsão do território francês de árabes,  africanos e    trabalhadores  clandestinos de qualquer nacionalidade, o Front National  “levanta uma cortina de poeira demagógica com um programa que conduzirá a França à ruína”, afirmam articulistas da revista, que prosseguem: “A culpa não é dos eleitores, mas das elites de direita e de esquerda que ao longo dos últimos 30 anos nada fizeram para evitar esse desastre”.
          O pai de Marine, Jean-Marie Le Pen (foto),  é conhecido por defender políticas radicais visando a diminuir a violência e o desemprego na França, entre elas a volta da pena de morte,  maior restrição à entrada de imigrantes na França - em especial de países do leste europeu e de fora da Europa -, além de uma maior autonomia política e legislativa da França em relação às diretrizes  emanadas da União Europeia.
        Ele também afirma que a maior parte dos políticos e da imprensa franceses é corrupta  e não se compromete com os interesses das pessoas comuns e da nação francesa. Faz sempre apelos patrióticos, como as manifestações em frente da  estátua de Joana D´Arc, em Paris.


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