Com mais de 30 por cento dos votos, o partido de extrema direita da França, o Front National, conduzido por Marine Le Pen (foto), chegou neste domingo na frente no primeiro turno das eleições regionais. Até amanhã, às 18 horas, serão registradas as listas para o segundo turno. Todos agora querem saber quantas regiões francesas passarão a ter uma política de extrema direita.
Os analistas, segundo a revista “Le Point”, afirmam que “agora não é sem vergonha e
embaraço em relação ao resto do mundo que o país dos Direitos do Homem será o
país que terá oficialmente como primeira agremiação política um partido da
extrema direita”. O prestígio do Front National decolou depois dos atentados
deste ano em Paris.
Com um discurso que prevê a expulsão do
território francês de árabes, africanos
e trabalhadores clandestinos de qualquer nacionalidade, o
Front National “levanta uma cortina de
poeira demagógica com um programa que conduzirá a França à ruína”, afirmam
articulistas da revista, que prosseguem: “A culpa não é dos eleitores, mas das
elites de direita e de esquerda que ao longo dos últimos 30 anos nada fizeram
para evitar esse desastre”.
O pai de Marine, Jean-Marie Le Pen (foto), é conhecido por defender políticas radicais
visando a diminuir a violência e o desemprego na França, entre elas a volta da
pena de morte, maior restrição à entrada
de imigrantes na França - em especial de países do leste europeu e de fora da
Europa -, além de uma maior autonomia política e legislativa da França em
relação às diretrizes emanadas da União Europeia.
Ele também afirma que a maior parte dos políticos e da imprensa franceses é corrupta e não se compromete com os interesses das pessoas comuns e da nação francesa. Faz sempre apelos patrióticos, como as manifestações em frente da estátua de Joana D´Arc, em Paris.
Ele também afirma que a maior parte dos políticos e da imprensa franceses é corrupta e não se compromete com os interesses das pessoas comuns e da nação francesa. Faz sempre apelos patrióticos, como as manifestações em frente da estátua de Joana D´Arc, em Paris.
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