“Segundo
o engenheiro Cássio Borges, a maior autoridade em recursos hídricos do Ceará,
foi um erro inominável, sem a menor justificativa, a indicação da Codevasf para
gerir o Projeto São Francisco, visto que o Dnocs tem uma experiência centenária
em nossa região. Para ele, nos três principais requisitos do ponto de vista de
infra-estrutura administrativa e técnica, operacionais e conhecimento do
semiárido, o Dnocs dá de goleada na naquela Superintendência, cuja atividade se
restringe, exclusivamente, à irrigação na área de Petrolina.
A
presidente Dilma se assinou um decreto passando esta responsabilidade
para a Codevasf certamente o fez sem o devido conhecimento da realidade
nordestina, pois em matéria de transposição, aquela Companhia mal conhece o seu
significado, sem nunca ter participado, sequer, de uma única reunião sobre este
assunto”. (Escreveu o engenheiro Geraldo Costa no Diário do Nordeste, secção
Leitores e Cartas). |
| Cássio Borges |
Em outra publicação, o engenheiro
Cássio Borges afirmou: “Não encontro um
só motivo para esta injustificável e absurda indicação da CODEVASF. É mais um
erro desta camarilha de pseudos técnicos que se apoderou deste importante
segmento dos recursos hídricos do nosso Estado e deseja ver o DNOCS longe dos
seus tortuosos e discutíveis propósitos.
“Realmente o DNOCS é uma pedra no caminho deles. Não tenho a
menor dúvida que a disputa deste grupesco gira em torno dos
R$ 40 milhões anuais que a COGERH arrecada pela venda da águas dos açudes
do DNOCS para manter 650 funcionários em seu quadro de pessoal e fazer
propaganda institucional e de seus dirigente. E se o DNOCS não
renovar este malfadado Convênio de que a COGERH vai viver?
“Eu mesmo se fosse Diretor Geral do
DNOCS seria o meu primeiro ato. Enquanto entra nos cofres da COGERH
R$ 40 milhões, o Nordeste vai perder sei lá quanto das verbas federais
que anualmente são gastos na Região através do DNOCS caso este órgão seja
extinto como o atual Ministro deseja e há anos vem trabalhando sorrateira e
subrepticiamente com este objetivo. Isto é um crime contra a
nossa Região. Isto é falta de patriotismo. Eis a questão. Como cidadão,
sou obrigado a fazer este tipo de denúncia à sociedade em nome de toda a
população nordestina”. 
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