Desde o ano passado, há um
ensaio para se traçar respostas a alguns questionamentos que já foram
elaborados, principalmente diante do esgotamento de modelos antigos de
desenvolvimento para o Estado. O projeto Ceará 2050 representa não só um planejamento,
mas também uma tentativa de reposta a estas indagações.
A plataforma que está sendo
criada pelo governo, em parceria com a Universidade Federal do Ceará (UFC),
pretende ser um plano de estado que atravesse governos, como foi o projeto de
industrialização elaborado no governo Virgílio Távora. A ideia de planejamento
do futuro é extremamente válida, mas é preciso lembrar que não existe economia
que se sustente, sem um projeto educacional forte, de atenção à primeira
infância.
Nos dias 15 e 16, será iniciada
uma grande discussão sobre a criação da plataforma 2050. O encontro ocorrerá no
Centro de Eventos e representa uma grande oportunidade para traçar um debate
diante da realidade atual, e não apenas diante de modelos que podem ser
importados, como se as questões culturais não tivessem valor.
Na programação dos debates está a apresentação de megatendências
socioeconômicas e ambientais para o futuro; a conferência do professor
Rivadávia Alvarenga Neto, ex-presidente da HSM; e um diagnóstico dos últimos 30
anos do Ceará. A proposta é interessante, mas será preciso olhar realmente para
as demandas das pessoas do Estado, para que o evento não seja somente mais um
evento.
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