27.04.2018


Política de juros bancários
          Eu sua página do Facebook,  sob o título de “Juros Bancários”, escreveu o ex-reitor da Universidade Federal do Ceará, professor  Antônio de Albuquerque: “Assunto muito estranho na realidade brasileira diz respeito a politica dos juros bancários. Enquanto o Banco Central baixa a taxa Selic para 6,5%, o custo médio dos empréstimos nos bancos é de 33% anuais para pessoas físicas. 
           A taxa média do cheque especial é de 324% ao ano. Quando se deixa de pagar o cartão de crédito no prazo, o custo de rolar essa dívida é de 334%.A taxa média para financiamento imobiliários era de 11% ao ano (fevereiro, informa o Banco Central), Para comprar um carro, 22,5%.Os empréstimos consignados, descontados no contracheque, custavam em média 26%.Para o crédito pessoal (crediários), 126%.
          “Por quê tais diferenças? Os bancos alegam é a inadimplências: quanto mais um banco perder ou imaginar que vai perder com um financiamento, mais caro vai custar (para compensar as perdas), ou seja, o spread (taxa cobrada pelo banco), mostra o peso relativo de calotes, impostos, administração, lucros etc (um retrato estático do custo dos bancos). Noutros termos, o bom pagador é o grande prejudicado. Por outro lado, os cinco maiores bancos concentram 82,2% (2017) dos ativos financeiros no País, parece ser um dos motivos dos juros quase sempre altos.
“É bom lembrar, que os bancos não oferecem apenas o serviço de intermediação financeira (captar recursos e emprestar), mas também seguros, administração de patrimônio, fundos de investimento, assessoria no mercado de capitais etc. Noutras palavras, nem todo o seu lucro (do banco) vem do spread, pois, os ganhos diferem também em cada linha de crédito. Até quando a realidade brasileira, vai aguentar tal exploração? (Fonte dos dados: Folha de S. Paulo, de 15/04/2018)”.

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