A Associação Brasileira de Criadores de
Camarão (ABCC) conseguiu suspender as importações do camarão do Equador através
de liminar na Justiça Federal, tornando obrigatória a Análise de Risco de
Importação (ARI). Ou seja: para adquirir o crustáceo será preciso investigar se
há risco de contaminação de doenças na fauna nacional.
O presidente da ABCC, Itamar Rocha, em
entrevista à colunista de Economia Neila Fontenele disse que “há 10
enfermidades no Equador que podem entrar no País”. A liminar seria uma prevenção contra as
doenças na carcinicultura nacional. “O camarão brasileiro só tem uma
enfermidade e é proibido no Equador”, acrescenta.
O Ministério da Agricultura, que tinha
permitido a importação, promete recorrer da decisão e atualizar a análise de
risco do produto.
A briga entre ABCC e o Ministério da
Agricultura reflete também os interesses dos restaurantes na importação do
produto do Equador. Itamar Rocha afirma
que o camarão sofreu uma redução nos preços de janeiro a junho de
aproximadamente 40%, mas que os restaurantes não repassaram isso para o
consumidor.
O presidente da ABCC diz que a queda nos preços ocorreu em função
da melhora da produtividade do setor. Somente no Ceará, segundo ele, são quase
800 produtores.
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