E em meio a esse “mar de lama” de revelações e
denúncias dos dirigentes da JBS (vendaval) e Odebrecht alguns políticos cearenses não tiveram ficar de fora.
Aí estão citados o ex-governador Cid Gomes, que teria
recebido 20 milhões de reais que foram descontados de crédito do ICMS do Estado que a empresa teria direito, 5 milhões que
teria sido repassado ao senador Eunício Oliveira em troca de uns arranjos no
Senado.
Cid diz que “nunca recebi um centavo da JBS.
Todo meu patrimônio, depois de 34 anos trabalhando na política, é de 782 mil
reais.”
Eunício Oliveira também repudia a delação.
Deputados estaduais eleitos estão
relacionados numa planilha fornecida pela JBS. São citados como beneficiários de doações aos
partidos ou individualmente os deputados Antônio Granja, Augusta Brito, Carlos
Felipe, David Duran, Dedé Teixeira, Gony Arruda, Ivo Gomes, Jeová Mota, Joaquim
Noronha, Laís Nunes, Lucílvio Girão, Moisés Braz, Zezinho Albuquerque, Mirian
Sobreira, Manuel Duca, Odilon Aguiar, Osmar Baquit, Tin Gomes, Sineval Roque e
muitos outros que não conseguiram se eleger.
Uma coisa é certa: a legislação eleitoral
brasileira sempre permitiu e aprovou doações a candidatos nas campanhas
políticas. Essas doações são contabilizadas nas prestações de contas dos
candidatos e dos partidos aos respectivos Tribunais Eleitorais. Até aí, tudo
bem. Mas apareceu o caixa dois e virou a corrupção que é hoje. E todos devem
estar lembrados dos milhões que o Collor embolsou como “sobras de campanha”.
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