Jornalista Nonato Albuquerque
As tragédias parecem nos suscitar lições. Lições no aprendizado da vida. Parecem falar da nossa pequenez humana diante de fatos que fogem ao nosso conhecimento. Enquanto alguns indivíduos se mostram indiferentes ao drama dos seus semelhantes, carregando uma carga de orgulho por terem fama ou dinheiro, agindo como se fizessem parte de uma casta especial dos homens, esquecem que todos temos um destino comum: o do fenômeno da morte.
Ricos e pobres, brancos e pretos, letrados e analfabetos, desde que nascemos só temos uma certeza. De que a qualquer instante nossas existências ganharão um outro rumo. E quando isso acontece, a natureza humana se ressente de não termos sido mais afetuosos uns para com os outros. De termos perdido um tempo enorme em discussões sem vantagem alguma. De não termos agido em busca de contribruir para um mundo melhor – já que essa é a função, o motivo de cada um de nós na Terra.
As tragédias nos vêm alertar sobre a finitude de cada ser humano, enquanto matéria. Se apenas vivenciarmos essa dimensão do TER e não levarmos em conta a experiência do bem, dos valores morais, da vida do espírito, a qualquer hora vem a ceifadora e nos tira da Vida física, deixando entre nós esse assombro que a morte dos jogadores da Chapecoense nos faz. Que posamos tirar lições do que é inexplicável. Afinal, nada acontece por acaso. Não cai uma folha de uma árvore se não houver a permissão divina.
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