Protestos contra proibição de vaquejada explodem no Ceará
Vaqueiros e apoiadores da vaquejada realizam
um protesto na manhã de terça-feira (11) em frente ao Clube do Vaqueiro, no
Quarto Anel Viário, no Eusébio, e em vários outros pontos do Estado. Eles são
contrários à decisão do Supremo Tribunal Federal que derrubou uma lei cearense
que regulamentava a prática.
O grupo seguiu em um comboio de caminhões
pela BR-116. A estimativa dos organizadores é que o ato reuniu aproximadamente
80 caminhões. A organização não estimou quantas pessoas participam do protesto.
"É um pedido de socorro dessas pessoas.
A manifestação teve pouquíssimo tempo para se articular e é espontânea: temos
vaqueiros, tratadores e outras classes, que decidiram se reunir para que
pudesse aparecer dentro desse processo", diz o vice-presidente da Associação
Brasileira de Vaquejada, Marcos Lima.
Ele destaca que outros atos
foram articulados também no interior do estado. "O objetivo de todas as
manifestações que estão acontecendo hoje
– e são pelo menos cinco no Ceará - , é
chamar atenção para aquilo que pareceu ser pouco discutido nesse processo em
Brasília, que é a importância econômica e social da vaquejada. Houve
manifestações em Brejo Santo, no Cariri, e também em vários outros municípios.
"A gente não tem solução é para
o desemprego em massa com uma proibição dessas. A prática já é cultural, muitas
vezes a fonte de renda que muitos têm ou tiveram, com pessoas que dificilmente
seriam recolocadas no mercado de trabalho. A preocupação é com os 600 mil
empregos gerados", argumenta o vice-presidente.
Por 6 votos a 5, os ministros consideraram que a atividade impõe sofrimento aos animais e, portanto, fere princípios constitucionais de preservação do meio ambiente. Apesar de se referir ao Ceará, a decisão servirá de referência para todo o país, sujeitando os organizadores a punição por crime ambiental de maus tratos a animais. (G1 com reportagem do blog).
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