14.09.2016

Abandonado pela tropa antes de cair
          O deputado cassado Eduardo Cunha ainda está zonzo com a rasteira que levou da sua turma de 200 apoiadores na época do reinado na presidência da Câmara Federal. 450 votos a favor da cassação, 10 contra e 9 abstenções.
          A bancada federal cearense, com exceção de Goretti Pereira (PR), que não compareceu, votou favorável à cassação de Cunha. Foi um ato histórico para a democracia brasileira. E ele ainda revelou como articulou o golpe para derrubar a presidente eleita por 54 milhões de votos.
  Entre idas e vindas do processo, Cunha foi traído por diversos aliados, inclusive do próprio partido, o PMDB. Poucos deputados que apoiavam Cunha mantiveram suas posições - mesmo com o risco de perder votos dos eleitores em 2018.

Os dez parlamentares que votaram contra a cassação:

Arthur Lira (PP/AL), Carlos Marum (PMDB/MS), Carlos Andrade (PHS/RR), Dâmina Pereira (PSL-MG), Jozi Araújo (PTN-AP), Júlia Marinho (PSC-PA), João Carlos Bacelar (PR-BA), Marco Feliciano (PSC/PA), Paulinho da Força (SD/SO) e Wellington Roberto (PR-PB).

 As abstenções
          A seguir  estão os nove deputados que não quiseram se comprometer e, por isso, se abstiveram do "sim" e do "não". Entre eles está o delegado Edson Moreira (PR-MG), que chegou a subir na tribuna  para defender a presunção da inocência de Cunha, mas não quis se comprometer com livrá-lo da cassação: Alberto Filho (PMDB-MA), André Moura (PSC-SE) -  Líder do governo Temer na Câmara, Delegado Edson Moreira (PR-MG), Mauro Lopes (PMDB-MG),Saraiva Felipe (PMDB-MG), Laerte Bessa (PR-DF), Rôney Nemer (PP-DF), Alfredo Kaefer (PSL-PR) e Nelson Meurer (PP-PR).

"Nunca deixaram de apoiar o finado Cunha" 
          Ciro Gomes tascou em sua página do Facebook:  Moses que já foi um fiel escudeiro  de Cunha, indo inclusive para o PMDB pelos braços de Temer e Eunício, agora busca tentar descolar sua imagem do deputado cassado com possível medo da opinião pública.
         “Parlamentares que integravam a chamada tropa de choque de Cunha, como Genecias Noronhas (SD) e  Vitor Valim (PMDB),  e o prefeiturável  Moses Rodrigues (PMDB-foto abaixo), em Sobral, deverão acusar o golpe.
        “O pior de tudo isso não é viuvez ou orfandade, é explicar para o eleitor por que nunca deixaram de apoiar as peripécias do finado Cunha”.

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