Ciro Gomes:
“O impeachement
de Dilma colocou uma quadrilha
no poder”
Em entrevista ao jornalista Fernando Taquari, do Valor,
reproduzida no Ceará por Eliomar de Lima, e da qual eu extraio este
trecho, o ex-ministro Ciro Gomes (foto), pré-candidato à sucessão
presidencial, criticou a proposta de eleições antecipadas e também a política
de alianças do PT nos últimos anos, que teria provocado a crise atual. Segundo
ele, sua pré-candidatura pelo PDT é uma “obrigação moral” com o país. “Me
sentiria um covarde se, com a experiência e a vida limpa que tenho, com a
compreensão e as conexões que tenho com o mundo acadêmico nacional e
internacional, se me omitisse por qualquer razão ou conveniência”, afirma.
Na entrevista, Ciro explicou por que defende a volta de Dilma,
sem que ela convoque eleições antecipadas. “Antes de mais nada, não interessa se é a volta da Dilma, do
Lula ou do PT. A gente precisa perceber o valor intrínseco da legalidade, da
estabilidade das regras, para que o elemento maravilhoso que produz milagres
ciclicamente, que é a presença do povo no processo político, aconteça, rompendo
com a plutocracia escravocrata alienada que há no Brasil”, diz ele.
Para Ciro, o “impeachment”
colocou uma verdadeira quadrilha no poder. “Será que as pessoas não estão vendo que estão afastando
uma presidente decente, contra a qual inventam um pretexto injurídico, que é a
tal pedalada fiscal, para colocar no poder, sem voto, uma quadrilha de ladrões,
de bandidos orgânicos da vida republicana contemporânea brasileira? Não tem
nenhum exagero no que estou falando. Conheço eles todos. Fomos contemporâneos
nas diversas tarefas que tive, em antagonismo ou junto, porque o Lula me
obrigou a ser parceiro desses calhordas. Isso eu não perdoo. Aliás, colocar o
lado quadrilha do PMDB na linha de sucessão é uma responsabilidade do senhor
Luiz Inácio Lula da Silva.”
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