As celebrações que ocupam esses três dias - quinta-feira, sexta-feira e sábado - unem-se ao domingo e formam um todo, o ponto mais importante da vida religiosa dos católicos, no qual eles revivem, desde a Antiguidade, a paixão, a morte e a ressurreição de Jesus. Santo Agostinho, que viveu de 354 d.C. a 430 d.C., já se referia aos "três sacratíssimos dias da crucificação, sepultura e ressurreição de Cristo".
Quinta-feira
A quinta-feira marca o fim da Quaresma (período de quarenta dias, subsequentes à Quarta-feira de Cinzas, em que os católicos se dedicam à penitência em preparação para a Páscoa). Nesse dia, celebra-se a Missa dos Santos Óleos ou Missa do Crisma, quando o oficiante abençoa os óleos usados nos sacramentos do Batismo, do Crisma e da Unção dos Enfermos. Entre os ofícios do dia, o de maior simbolismo é o lava-pés, em que o sacerdote lava o pé direito de 12 homens, imitando o que Jesus fez a seus discípulos na Última Ceia.
Sexta-feira
Na sexta-feira, celebra-se a paixão (o martírio) e a morte de Cristo. O ofício consiste na adoração do Cristo crucificado - ou Adoração da Cruz -, precedida por leituras da Bíblia e seguida pela comunhão eucarística.
Em várias cidades brasileiras, após a celebração acontece a Procissão do Enterro, também conhecida como Procissão do Senhor Morto, em que populares e religiosos percorrem algumas ruas tocando e cantando músicas fúnebres.
Sábado
Finalmente, no Sábado Santo, celebra-se, entre o pôr-do-sol do sábado e o amanhecer de domingo, a Vigília Pascal, o ofício mais importante do calendário litúrgico católico, por ser a celebração da ressurreição de Jesus. Em algumas cidades do Brasil, logo nas primeiras horas da manhã de domingo acontece a Procissão do Encontro, na qual duas procissões - uma com a imagem de Nossa Senhora, mãe de Jesus, e outra com a imagem do Cristo ressuscitado - partem de lugares diferentes e se encontram quase sempre às portas da igreja matriz.
No Brasil, maior país católico
do mundo, durante a Sexta-feira Santa ocorrem encenações dos sofrimentos e da
crucificação de Cristo em milhares de cidades. Em alguns casos, essas
encenações tornaram-se verdadeiras superproduções e recebem turistas de todo o
país.
Malhação do Judas
Outra manifestação popular que
ocorre paralelamente ao Tríduo Pascal é a Malhação do Judas. No sábado, também
conhecido como Sábado de Aleluia, um boneco que lembra o apóstolo que traiu
Jesus, Judas Iscariotes, é julgado, condenado e "malhado", às vezes
com pedaços de pau, às vezes com pedras. Em alguns lugares, o Judas é enforcado
na sexta-feira à noite, em um poste ou árvore; no sábado, ao meio-dia, o boneco
é descido e espancado por populares. (Fonte: Uol Educação).
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