Baixíssima adesão na
renegociação das dívidas rurais
Termina no dia 30 próximo o prazo para
renegociação das dívidas contraídas por produtores rurais com as instituições
bancárias dentro dos critérios estabelecidos por Medida Provisória do Governo
Federal. Em todo Nordeste menos de 8% por cento dos que têm esses débitos
assinaramcom os bancos do Brasil e do
Nordeste esse acordo. No Ceará, o número não chega nem a cinco por cento, segundo revelam
especialistas na área. Calcula-se que em todo Nordeste existam mais de 30 mil
“fazendeiros”nessa situação.
O motivo da baixa adesão desses pequenos
produtores rurais é simples: as elevadastaxas de juros e encargos que os bancos fizeramincidir sobre as dívidas. Por exemplo, produtor que há
10-l5 anos contraiu empréstimo de 65 mil reais pelos cálculos está devendo mais
de 800 mil reais. “Ele iria pagar por ano, após a carência, o valor de uma
Hilux, ou seja mais de 100 mil reais. Qual a pequena propriedade que rende isso
no Brasil?”, pergunta advogado especialistana questão. Além do mais o contrato seria de uma dívida nova, com todas
as suas incertezas,e não mais a antiga.
Agora, além da seca de quatro anos, todos adquirem uma preocupação a mais: o temor
de perderem suas propriedades para o Banco do Nordeste e o Banco do Brasil.
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