Frequentadores do Kari estão órfãos de bar
Sepultado na
quinta-feira o querido Kari (na foto com o empresário Olavo Moreira), uma notável figura humana de Fortaleza, dono do bar que não tinha placa
indicativa mas levava seu nome e foi, por muitos e muitos anos, ponto de
encontro de alguns grupos que se reuniam ali
às quartas-feiras, no começo da noite e até 21 horas, no máximo; aos sábados durante o dia e aos domingos pela
manhã. Anualmente, em dezembro, o grupo das quartas-feiras escolhia o “Ciço do
Ano”, uma brincadeira para marcar a personalidade de algum dos frequentadores. E a fotografia dele no
devido fardão era pendurada na parede.
No último dia 12,
Kari completou 94 anos de idade e até há algum tempo fumava, bebia e, às vezes,
cantava nos encontros. Seus 90 anos foram marcados por uma grande festa
proporcionada pelos amigos no Iate Clube.
Homem simples,
casado com dona Lúcia, que prepara as comidas servidas aos frequentadores, Kari
às vezes se zangava com alguns frequentadores, mas a raiva logo passava.
Advogado Francieudo Lins e Kari
Seu bar tinha uma
notável lista de frequentadores, pessoas da maior expressão em Fortaleza em
todas as áreas de atividades, como empresários, advogados, médicos, dentistas, comerciantes, professores
universitários, funcionários públicos graduados, jornalistas, políticos,
representantes comerciais e muita gente
destacada, presenças semanais nos
encontros.
Kari viveu no meio
de todos esses amigos, reinando à sua maneira e só recebendo em seu bar (foto) na Av. Raimundo Girão, Praia de Iracema, quem realmente queria. Agora,
nós frequentadores do Kari, estamos órfãos de bar para jogar conversa fora entre amigos.
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