20.07.2015

Memória das Secas em exposição
          Um olhar sobre as secas de 1877, 1915 e 1932 no Ceará, através de documentos de época que revelam o drama vivenciado nos períodos de estiagem, a migração de milhares de flagelados, a repercussão em cidades como Fortaleza e até a instalação de campos de concentração.
          É o que oferece a exposição “Memórias das Secas em Documentos de Arquivo”, que será aberta nesta segunda-feira (20), a partir das 9 horas, no Arquivo Público do Ceará (rua Senador Alencar, 348, Centro), equipamento da Secretaria da Cultura do Governo do Estado (Secult). A mostra inclui 30 documentos referentes a esses três períodos de seca que marcaram a história do Ceara e segue aberta à visitação até 20 de agosto, de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h, com entrada franca.
          Com supervisão do diretor do Arquivo Público, historiador e professor Márcio Porto, e pesquisa de Paulo Cardoso, servidor da instituição, a exposição oferece a oportunidade de conhecer, através de documentos preservados pelo Arquivo Público, detalhes sobre a seca e suas consequências sobre a população cearense, em diferentes momentos históricos.
          A grande seca iniciada em 1877 e que se estendeu por três anos, tornando-se conhecida como “a seca dos três oitos”, foi vivenciada ainda no Brasil Império, com os documentos revelando pedidos de providências ao governo provincial do Ceará.
          A seca de 1915, tema do clássico romance de Rachel de Queiroz, também levou milhares de cearenses a se deslocar do Interior para Fortaleza e outras cidades litorâneas. Por fim, em 1932, a seca gerou a instalação de campos de concentração nos arredores de Fortaleza e de cidades como Quixeramobim, Senador Pompeu e Iguatu. (Fonte: Ascom-Secult).

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