Quem acompanha a trajetória do “Charlie Hebdo” não tem dúvidas que ele exagera na sátira às religiões, às doutrinas, aos
costumes, aos homens públicos, enfim à pátria, a família, a Deus. E, para isso,
vale tudo, até mesmo o que todos
condenam: a utilização do traço criativo do lápis para debochar, para
execrar, para ridicularizar o seu
alvo numa tentativa de demolir todos os valores. É um humor destrutivo. Assim tem sido com Jesus, com os Papas, com o Espírito Santo, com a
religião católica como um todo, com o clero, com o Islam, com os muçulmanos, com a Bíblia,
com o Corão.
Como os islamistas radicais não perdoam a
execração do seu profeta Maomé, a
lamentável fusilada de Paris à sede, aos cartunistas e funcionários do jornal,
com extensão ao supemercado
judaico, foi um ato previsível: iria a acontecer mais cedo ou mais tarde. Um
ataque lamentável à liberdade de expressão, que também precisa ser exercida com
respeito e responsabilidade.
Charb, um dos donos do jornal, agora morto, diante dosdestroços do primeiro atentado em 2011. |
Com a eliminação dos cartunistas radicais do
“Charlie” vamos ver como será o comportamento da publicação nas edições
futuras.
Nenhum comentário:
Postar um comentário