“O cardápio é conhecido: falta estrutura; a insatisfação é generalizada; os professores são mal pagos, pouco motivados (muitos deles despreparados) o modelo de ensino falido, etc... Mas Cid foi bem porque agiu como comandado.
Até se confundiu no começo ao se referir a ele mesmo como presidente e não ministro, mas o que ficou claro é que o ex-governador está ciente de que pode muito, mas não pode tudo.
O cargo de Ministro da Educação é
cobiçado; poderoso e pode contribuir positivamente para melhorar o quadro que
temos. Um ministro competente tem tudo para se destacar e ganhar dividendos políticos
capazes de lhe abrir portas num futuro eleitoral, mas...o problema são os problemas.
Cid seguiu o script. Respondeu quase
tudo sem se aprofundar em nada. No governo do Ceará ele comandava. Agora tem
Dilma a frente. Ela o nomeou, ela é quem manda e será a primeira a cobrar
resultados. O ministro também não poderá tomar decisões sem, antes, combinar
com ela. Então para além das demandas do cargo, o que vai definir a atuação de
Cid Gomes será a capacidade de agir dentro da natural limitação de poderes que
terá.
Desafios não são poucos, e lidar de
forma global com os problemas da educação nacional requer esforço; dedicação;
paciência; competência e perseverança. E habilidade para lidar com o PT
nacional, já que se ele se destacar muito, vai virar alvo do lado mais forte e
poderoso do petismo (a turma do Lula). Cid Gomes não é de ocupar espaço na política sem deixar sua
marca, e é aí que reside a esperança de que faça um bom trabalho...”
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