Postagem do dia 08.07.2013



UFC desenvolve
Avanços na prevenção do câncer de medula
óssea e alerta para perigos do agrotóxico


            Pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará desenvolveram um método inédito de identificação de alterações genéticas que, se não diagnosticadas precocemente, podem levar ao câncer de medula óssea e a outras neoplasias. O trabalho foi feito com 50 agricultores do município de Limoeiro do Norte, a 167 km de Fortaleza, expostos a grandes volumes de agrotóxicos devido ao cultivo da banana, um dos principais produtos agrícolas da região.
              Ao investigarem a estrutura de cromossomos coletados diretamente na medula dos trabalhadores, os pesquisadores da UFC verificaram a existência de mutações genéticas graves em 25% dos casos, percentual considerado “alarmante”. Nesses agricultores, foram identificadas alterações nos cromossomos 5, 4, 7 e 11 – quadro semelhante ao de pacientes com leucemia. Dos 50 agricultores, sete também apresentaram mutação no gene TP53, indicativa do mais alterado dos diversos tipos de câncer.
 

Pulverizador de veneno nas bananeiras do Jagaribe


 
               Os resultados foram obtidos durante a pesquisa de mestrado do aluno Luiz Ivando Pires, sob a orientação do Prof. Ronald Pinheiro, do Laboratório de Citogenômica do Câncer, da UFC. Segundo Pinheiro, alguns cientistas já vinham tentando investigar a relação entre o uso de agrotóxicos e as mutações genéticas capazes de provocar o câncer.

OUTROS DETALHES – Os resultados do estudo serão detalhados nesta  segunda-feira (8), durante a defesa da dissertação do mestrando Luiz Ivando, intitulada “Estudo das alterações citogenômicas da medula óssea de trabalhadores rurais expostos a agrotóxicos”. Será às 14h, no Auditório Paulo Marcelo (Campus do Porangabuçu). A apresentação é aberta ao público. (Fonte: Prof. Ronald Pinheiro, do Departamento de Medicina Clínica da UFC – fone: 85 3366 8052

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